terça-feira, 8 de maio de 2012

Isto tem andado parado


Ainda um pouco azamboado com o facto de ter metido a vida em caixotes que guardo em estranho armazem, mal forças tenho para os abrir de novo e começar a recontinuar a vida por estes lados.

Por isso não tenho tido à mão os reveladores, quebrantos e quejandos e outras banhas que vou fazendo com aquilo que mais ninguem quer. 

Ando...por assim dizer...(esta frase tem direitos de autor de um colega)...a modos que parado.

Talvez porque tenha metido mais do que livros e sais dentro dos caixotes. 

Talvez porque um pouco de mim ainda esteja lá dentro, à espera da oportunidade para, tirada a fita-cola forte que me fecha, volte a ser colocado no lugar que  reconheço como meu.

Talvez por isso.

Porque fotografar apenas exige uma caixa de madeira (como a que está na foto), papel fotográfico velho (mesmo fora de prazo e vendido ao desbarato ou até ofertado) e um pouco de café e detergente da roupa ou outro alcalinizante

...ou até menos.


 Desta forma não se justifica, pela ausência de materiais, a ausência de acções. 

Ora se tenho escopo e não talho a pedra...é porque, provavelmente, me falta o cinzel.

Mas pouco a pouco, vou reconstruindo o meu locus.


Esta é a fotografia da máquina que agora preparei para fotograr este canto de mar.

Em breve finalizar-se-ão as obras de um pequeno espaço destinado a ser instalado um laboratório experimental.

Tudo boas noticias para um regresso em busca da Luz.

Porque ela brilha...mesmo na obscuridade mais profunda

...e desde que haja um furo por onde ela passe e vá encontrar um material sensivel, será possivel guardar a sua memória para sempre.



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