Outras fontes



1. Página de Processos Alternativos
Existem pela Internet inúmeras páginas com projectos quer pessoais quer colectivos, dedicados à fotografia alternativa. Em boa verdade, sob o nome de fotografia alternativa é enchido um saco com inúmeros processos. Uns são antigos e já quase esquecidos do grande público, outros são efectivamente recriações de formas históricas de se obter uma imagem através da alteração química de determinadas soluções e cristais.

Aquele que eu mais visito é este:


http://www.alternativephotography.com/wp/

Escrito em Inglês é fruto da contribuição colectiva de inúmeros artistas que vão colocando, de forma ordenada e com qualidade, os seus artigos sobre os vários processos fotográficos. Especialmente interessante no que respeita  a Cianotipos, Goma Bricromatada, Van Dyke, Papel Salgado, Lumentype, Anthontype e Papel Albuminado.  Falta informação na área da elaboração das próprias emulsões e reveladores. A não perder.


2. Livros Antigos Digitalizados sobre Fotografia

Inúmeras são as bibliotecas digitalizadas ou com acervos digitalizados na Internet. No entanto, o local onde tenho encontrado mais livros com interesse para a fotografia antiga é o:


www.archive.org

São  dezenas de velhos livros com fórmulas e inúmeros processos dos fins do sec XIX e inícios do sec. XX.  Basta procurar por Talbot, Daguerre, Niepce, Lippmann, Photographic Emulsions, Bromide, etc, etc.


3. Emulsões Fotográficas

Muitas são as fórmulas para a obtenção de papel salgado (Print Out Paper), sendo a primeira e mais simples forma de se obter um sal sensível à luz à base de Nitrato de Prata.
No entanto, quando nos queremos aventurar nas emulsões DOP ( Developed Out Paper), em que o uso do ampliador se torna possível, a informação vai rareando, pois poucos são os que se aventuraram nesta área.

Deixo aqui um, considerado a biblia da Emulsões fotográficas, escrito no inicio do Sec. XX, mas ainda hoje actual e consultado sempre que se procura uma determinada emulsão fotográfica.

São fórmulas de papel salgado, papel velox, papel brometo, papel clorobrometo, e tantas outras nuances possíveis.
Através da sua leitura poderemos perceber porque é que um filme mais rápido tem um grão maior. Porque é que um papel salgado normal não pode ser revelado-

Através da sua leitura poderemos inclusive imaginar a concepção de uma emulsão feita à medida das nossas necessidades.


( save as...)



4. Reveladores....Caffenol e outros


O uso de Reveladores não é, ou não deve ser arbitrário ao suporte e objectivos pretendidos. Basicamente o revelador é um redutor ( ver diferença entre redutores e oxidantes), que reduzirá o sal de prata exposto à luz a prata metálica. Existem inúmeros redutores na natureza, no entanto, em fotografia, os mais usados são o Metol, a Hidroquinona, Phenidona e inclusive Café ( Ácido Cafeico) ou Chá de Eucalipto ("descoberto" e usado a primeira vez no meu laboratório e chamado de Capliptol!))

No entanto um redutor, só agirá sobre os sais de prata em ambiente alcalino. Por isso nas fórmulas usa-se, conforme a velocidade que se pretenda imprimir ao revelador, o carbonato de sódio, soda caustica ou até detergente da roupa manual.

Por fim, especialmente nos reveladores mais lentos, pode-se usar o chamado anti-véu, que impedirá que a acção demorada do revelador faça reduzir ( véu, ou fog) os sais não expostos à luz. Normalmente é o Brometo de Potássio ou cloreto de sódio ( sal de cozinha) que será usado.
Por fim, para evitar que o revelador, quando exposto ao ar oxide rapidamente e perca as suas propriedades, usa-se um preservante, normalmente sulfito de sódio.

E assim perceberemos o funcionamento do caffenol. Um redutor ( café), um alcalinizante (carbonato de sódio ou detergente Omo), e por vezes brometo de potássio. 

Resta dizer que se usa também vitamina C como "acelarador". Em boa verdade não acelera a acção do ácido cafeico. O que ocorre é que o ácido ascórbico é um potente redutor usado comercialmente em reveladores. O seu uso com o café faz-me lembrar os reveladores de Metol-Hidroquinona, em que o uso de redutores suaves e enérgicos em conjunto permite obter um resultado que aproveita as caracteristicas de ambos os reagentes.

O certo é que o uso de vitamina C torna o Cafennol em Caffenol C, que reduz para metade  (grosso modo) o tempo de revelação.

Existem inúmeros Blogs sobre este assunto bastando procurar na Internet por Caffenol. No entanto eu gosto muito deste.