Lumentype sobre papel Brovira, recorrendo a Câmara Escura para focagem sobre plano. |
Depois de 9 meses, qual arquétipo, instalei-me naquele que será o meu espaço durante a eternidade que ela durar.
No útimo dos caixotes, já velhos e amolecidos pela húmida espera,encontro uma velha máquina Agfa, com o obturador partido pelos solavancos da viagem e uma pequena caixa de papel brovira já picado por fungos que naquele meio encontraram forma de manter a vida.
Olho para o conjunto.
Lembro-me de Talbot.
Coloco então a folha na máquina e aponto para as árvores que se agitam na minha janela.
Espero uma hora.
Sei que é uma questão de luz e tempo.
Retiro o papel impregnado de haletos de prata, que agora apresenta traços de prata metálica, fruto da acção dos ultravioletas.
Digitalizo e inverto.
A luz desenhara a árvore e registara o movimento do sol.
Deixara de ser um papel bolorento e uma máquina estragada.
Como tudo na vida.
2 comentários:
Eu estou há tempos apreciando seu blog aqui do Sul do Brasil nunca comentando por achar que nada teria a acrescentar. Entretanto, gostaria de pelo menos agradecer suas postagens que são altamente inspiradoras. Muito obrigado. Silas.
Silas.
Agradeço. Sinta-se à vontade para comentar, pois acrescentamos sempre algo...nem que seja com a simples observação.
Abraço fraterno deste lado do Oceano...aliás, do meio do Oceano.
Pedro
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