sábado, 11 de agosto de 2012

Como o Henry Talbot fazia...


Tal como prometido, deixo aqui o processo de Talbot...


Henry Talbot, contemporâneo de Daguerre, foi o responsável pelo processo de negativo-positivo, permitindo obter várias cópias do mesmo negativo.

Muito romanceado....ele fazia o seguinte:

Pegava na sua máquina fotográfica, à qual a muher chamava de "ratoeira" e colocava, no ponto oposto ao da lente uma folha de papel sensibilizada com cloreto de prata ( nitrato de prata com sal de cozinha, numa solução aquosa...ainda antes de se descobrir o processo de obter a mistura numa solução gelatinosa...muito mais sensivel).

Feito isto, deixava a sua máquina, durante trinta minutos com o obturador aberto virada para o que queria fotografar.

Mais ou menos como eu fiz:



Depois retirava o papel, e sem revelação, mas com uma fixação em água salgada ou iodeto de potássio, obtinha uma imagem.

Depois colocava essa imagem/fotografia em cima de outro papel salgado ( papel embebido na tal solução de cloreto de prata) e positivava a imagem.

O processo era simples: Se de inicio a luz (branca) escurecia o papel onde tocava ( preto), agora essa mesma zona preta, não deixava passar a luz para o novo papel, obtendo-se desta forma um positivo.

Mais ou menos como eu fiz

Vendo-se uma viatura mais próximo e uma casa do lado esquerdo, bem como um telhado do lado direito.

De facto é imperfeita. Mas gosto do estilo.

Quase que um abstracto que nos surpreende.

Hoje usei papel brovira, que utiliza brometo de prata. Em breve, quando o laboratório estiver instalado, irei tentar obter papeis salgados, na formula que Talbot usava, e recriar-se-á, o seu processo, tal como ele o fazia.





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